Resenha: Acorda pra vida, Chloe Brown (Talia Hibbert)

Fazia tempo que eu não pegava pra ler um livro com um hype tão alto. Só o que eu via nos canais brasileiros e de fora eram comentários sobre esse livro, em sua maioria positivos. Por conta disso, fiquei super animada pra ler logo quando recebi ele em parceria com a Companhia das Letras! Foi uma das minhas leituras deste mês de março e neste post vou te contar tudo o que achei deste livro.

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SINOPSE

Depois de quase ser atingida por um carro em alta velocidade, Chloe Brown se deu conta de que seu obituário seria um tanto entediante. Para reverter essa situação, ela decide montar uma lista de atividades necessárias para finalmente “acordar para a vida”.
Mudar assim não é nada fácil, mas, para sua sorte, Chloe encontra alguém que ― mesmo a contragosto ― pode ajudá-la nessa missão. Seu vizinho Red Morgan é um motoqueiro misterioso, que tem várias tatuagens e mais sex appeal que uma estrela de Hollywood.
No entanto, um acordo leva Chloe e Red a se aproximarem e perceberem que suas primeiras impressões um do outro estavam erradas. E que, mesmo com traumas do passado e receios quanto ao futuro, o amor nunca perde a chance de surpreender. CONTEÚDO ADULTO, NÃO INDICADO PARA MENORES.


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O romance traz uma proposta interessante, com diversidade de personagens, discussões sobre relacionamentos abusivos e a abordagem do dia a dia de uma pessoa com fibromialgia. Essa pessoa é Chloe, a protagonista de 31 anos, web designer e que, após ter refletido sobre a efemeridade das coisas, cria uma lista para "acordar pra vida". Um dos primeiros itens que ela risca é se mudar da mansão de sua família afortunada e ir morar num condomínio, onde ela acaba conhecendo Red, seu vizinho e zelador do lugar. Aí começa um dos primeiros clichês da história: eles se odeiam logo de cara, mas suas intrigas não enganam ninguém: algo ainda vai rolar entre os dois.

***

Porém eu senti que o casal não teve química alguma. Na real as coisas entre eles acontecem meio do nada e os dois são extremamente imaturos para adultos na casa dos trinta. Isso me incomodou bastante, assim como o linguajar escolhido pela autora. Não sabia que tanta coisa poderia ser "pra caralh*". 
Calma, eu não sou nenhuma frígida que não suporta ler um palavrão. Mas é que o uso parece meio desconjuntado, e as palavras "gráficas" nas cenas mais quentes acabou distraindo do romance em si. No geral, não senti nada de surpreendente na escrita, e alguns elementos parecem soltos na história, como as famílias dos protagonistas ou mesmo o gatinho Smudge, que é sem dúvidas o personagem mais carismático da história.
O plot é bem previsível e não rola nenhuma reviravolta. Os pontos ficam pela abordagem da fibromialgia e dos traumas deixados por um relacionamento abusivo, que conseguiram tornar a leitura um pouco mais interessante. Fora isso, sinto que precisei fazer um esforço imenso para passar por essas páginas, e fico pensando se esse é um caso de "não é você, sou eu". Afinal, fazia tempo que eu não tentava ler um romance chick lit e talvez este gênero não seja para mim. Muita gente gostou deste livro, e este pode ser o seu caso! Então não desista dele caso esteja interessado na história. 


ISBN: 978-85-8439-203-2
Editora: Paralela
Nota: 2/5⭐

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