Resenha: A empregada (Freida McFadden) + crítica do filme!

Como fã de thrillers psicológicos, confesso que A empregada, de Freida McFadden, entrou no meu radar com certa desconfiança. Não apenas pelo sucesso estrondoso do livro, mas porque, ao ler a sinopse, já imaginei que estava diante de algo muito próximo de Verity, da Colleen Hoover. Um livro que também vai virar filme e que, apesar do hype, não me agradou nem um pouco. Ainda assim, resolvi dar uma chance à A empregada, e hoje falarei não só sobre o livro, mas também sobre o filme, que assisti hoje em primeira mão na cabine de imprensa, a convite da agência Espaço/Z.

a empregada

O fato é que A empregada se provou uma versão ainda mais fraca de Verity. Os livros têm suas diferenças, claro, mas as dinâmicas são bastante parecidas. Temos aqui uma jovem desesperada por um emprego e uma família que parece perfeita demais para ser verdade. E não só parece, né? A família realmente se revela bem disfuncional, com uma esposa surtada, um marido que já não sabe mais o que fazer com ela (e que, óbvio, é um gato) e uma criança mimada e chata. Mas, claro, todo mundo é descrito como muito lindo, muito sexy, muito uau. Inclusive essa é a imagem que temos da própria jovem desesperada que acaba se tornando a empregada dessa família.

A partir daí, a empregada começa a ter que aguentar coisas muito estranhas que acontecem naquela casa, além de ouvir comentários mesquinhos de gente rica, etc. Tudo isso enquanto dorme em um sótão que tem todos os sinais de ser um cativeiro doméstico. Fica bem claro que algo muito errado vai acontecer. A autora, inclusive, parece se esforçar para deixar isso o mais explícito possível, espalhando um monte de pontas soltas pelo enredo para criar expectativa sobre o que está por vir. E aí, quando o plot twist vem… bem, para mim foi decepcionante.

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Esse livro não me convenceu. Eu simplesmente não consegui acreditar na história, sabe? Ficava o tempo todo pensando coisas como “tá, mas isso nunca aconteceria no mundo real”, “não é assim que as coisas funcionam” ou “quem é que acredita nisso?”. No final, terminei até rindo do tanto de firula que rola.

Já o filme...

Esse sim conseguiu me convencer.

Houve detalhes na montagem e pequenos ajustes no roteiro que deixaram tudo mais crível. Não vou dar spoilers aqui, assim como não fiz com o livro, mas esse é um dos poucos casos em que, em minha humilde opinião, a adaptação saiu melhor do que a obra original. O filme é bem mais polido, traz ótimos detalhes (reparem bem em um certo lustre que aparece na sala... só digo isso! :x), e construiu tensão de maneira mais eficiente. 

Gostei bastante da atuação da Amanda Seyfried. O Brandon Sklenar deu uma guinada da metade para o final que também achei massa. E a Sydney Sweeney… bem, foi a Sydney Sweeney. Tenho a impressão de que ela faz sempre o mesmo papel, mas aqui posso dizer que ela ficou mais próxima da sua Cassie, de Euphoria, do que da sua Olivia, de The White Lotus. A forma como amarraram o final me deixou bem mais satisfeita, mesmo tendo preservado o que rola no livro. Só foi uma pena não termos visto mais do Enzo. O personagem vivido por Michele Morrone é mais comentado pelos outros personagens do que, de fato, aparece em cena. 

É um thriller que vale a pena assistir. E, se você ficou curioso com a história, pode pular direto para o filme mesmo, que está tudo certo. A trilha sonora, que conta até com Lana Del Rey, está maravilhosa, e a cena com Since U Been Gone da Kelly Clarkson, foi tudooo!! O filme estreia nos cinemas em 1º de janeiro de 2026.

1 Comentários

  1. Eita que post polêmico, hehe, muito curioso ter curtido mais o filme que o livro, mas bem, acho que vou seguir teu conselho mesmo :)

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