Lamparina: a nova newsletter da Fósforo para quem ama clubes de leitura
Se você faz parte de um clube do livro, ou mesmo se é quem puxa as conversas, organiza as reuniões e pensa nas próximas leituras, saiba que a Fósforo tem uma novidade feita sob medida para você: a Lamparina, sua nova newsletter trimestral, criada especialmente para organizadores e mediadores de clubes de leitura.
Machado de Assis e John Berger: animais, humanidade e crítica ao antropocentrismo
Enquanto leitora, gosto de buscar conexões entre as obras que me acompanham. É um exercício que amplia a experiência e nos faz olhar para os livros de outra forma. Neste post, proponho um diálogo entre a coletânea de contos Na Arca, de Machado de Assis, e Por que olhar os animais?, de John Berger. As duas obras, publicadas pela Fósforo Editora, cada uma de sua maneira, tratam de um mesmo tema: a complexa relação entre humanos e animais.
Já faz alguns anos que tive meu primeiro contato com a escrita da misteriosa Elena Ferrante. Comecei com Dias de Abandono e, no ano passado, li A filha perdida, tendo este último me agradado muito. Daí comprei o box da tetralogia napolitana, que eu acredito ser o trabalho mais famoso da autora. Fiquei esperando um momento oportuno para começar, e aí veio a leitura conjunta organizada pela Mell Ferraz do Literature-se: a oportunidade perfeita! Li tão rápido que nem respeitei o cronograma, já emendando no segundo livro da tetralogia. Hoje venho então compartilhar as minhas impressões sobre A amiga genial.
Nos últimos meses decidi catalogar meus livros de uma forma diferente. Sempre usei aplicativos para acompanhar leituras, mas percebi que eles entregavam estatísticas limitadas e pouco flexíveis. Criei então uma planilha própria, onde registrei dados da minha biblioteca pessoal e pude manipular as informações livremente. O processo, que começou como uma tentativa de organização, acabou revelando fatos interessantes sobre o meu hábito de leitura.
Frida Kahlo é, sem dúvidas, uma das figuras mais reconhecíveis na cultura pop. Sua imagem atravessou o tempo e se fixou no imaginário coletivo como símbolo de resistência, de arte visceral, de dor transformada em linguagem. Ainda assim, mesmo com tantos livros, filmes e exposições dedicados à sua trajetória, sempre parece haver algo mais a descobrir. Foi isso que senti ao ler Frida Kahlo: uma biografia, da artista espanhola María Hesse.
O Ritual (2025) tem como premissa relatar o caso de possessão demoníaca mais bem documentado da história. Logo nos primeiros segundos, o filme já afirma que sua trama é baseada em eventos reais, mais especificamente no exorcismo de Emma Schmidt, ocorrido em 1928, em um convento ao norte de Earling, Iowa. Trata-se do mesmo caso que teria servido de inspiração para o clássico O Exorcista (1973), e que agora ganha uma nova adaptação pelas mãos do diretor e roteirista David Midell.
Em 25 de julho celebramos o Dia Nacional do Escritor, data criada oficialmente em 1960, motivada pela realização do I Festival do Escritor Brasileiro, promovido pela União Brasileira de Escritores (UBE). Desde então, o dia passou a ser dedicado à valorização de quem transforma a palavra em ofício, arte, memória e crítica; e que, com sua escrita, constrói mundos, questiona estruturas e conecta pessoas.
Para celebrar essa data, selecionei cinco autores do Nordeste que têm se destacado na literatura contemporânea. Eles transitam por gêneros como horror, fantasia, romance, poesia e narrativa urbana, sempre trazendo olhares originais e narrativas envolventes. São vozes diversas que merecem ser conhecidas, lidas e apreciadas!
Ao ler as primeiras divulgações deste livro, um ponto me pareceu promissor: diziam que iria agradar os fãs de Sally Rooney. Apesar de da última vez que eu levei isso em conta para ler um livro a experiência ter sido ruim, resolvi dar uma chance a este que é o segundo romance do autor americano Brandon Taylor.
Como fã de longa data do universo de Jogos Vorazes, garanti minha edição de Amanhecer na Colheita ainda na pré-venda e comecei a leitura assim que pude. Levei um tempo para vir escrever sobre ele aqui no blog, mas isso não significa ter ficado desinformada sobre as novidades que envolvem o livro. Nesse intervalo, fui me animando com as notícias sobre a adaptação cinematográfica da obra, prevista para estrear em 20 de novembro de 2026.
Saidiya Hartman: reescrevendo histórias silenciadas com fabulação crítica
A boba da corte, novo livro de Tati Bernardi, é uma leitura que desperta sentimentos ambíguos. Com seu estilo ácido e confessional, a autora se desnuda em relatos que misturam humor, melancolia e um certo desespero silencioso diante do mundo que habita: a elite econômica e cultural de São Paulo. Ao longo das páginas, Tati compartilha episódios que vão do cotidiano banal a reflexões existenciais atravessadas por angústias muito particulares — mas que, ao mesmo tempo, ressoam em quem também já se sentiu deslocado em espaços de poder.
Na última segunda-feira (14), tive uma oportunidade bem bacana de conferir em primeira mão essa nova adaptação de um conto de George R.R. Martin, à convite do Espaço Z (valeu!). A obra do autor mistura fantasia, magia e um contexto pós-apocalíptico. Mas será que o filme entrega tudo isso também? Bom... vamos por partes.
E vamos lá para a resenha de mais um livro da Sally Rooney, autora irlandesa que se tornou um dos nomes mais comentados da literatura contemporânea. Embora não tenha desbancado Pessoas normais como meu favorito da autora, Intermezzo reafirma o talento que Rooney tem de captar as nuances do que é viver no mundo atual, com aquela escrita que te faz pensar: “nossa, é exatamente assim que eu me sinto!”.
Mickey 17: uma ficção científica divertida, distópica e recheada de referências políticas
No dia 2 de abril eu finalmenteee assisti Mickey 17, lá no Cinemark, depois de um bom tempo desde sua estreia oficial. Confesso que fui movida por uma curiosidade dupla: queria muito ver Robert Pattinson nesse papel e estava especialmente intrigada pela direção de Bong Joon Ho, que assina o filme. As opiniões que ouvi antes da sessão estavam bem divididas — algumas pessoas se divertiram horrores, outras acharam o filme simplesmente “nada a ver”. E com uma nota que gira em torno dos 70% no Rotten Tomatoes, fui ao cinema tentando manter as expectativas no lugar.
Círculo de Poemas: um clube de assinatura para quem ama poesia (+ desconto exclusivo!)
Nas últimas semanas eu não consegui escapar: em quase todo storie, reel ou tik tok, lá estava a frase inicial de "Verity", de Colleen Hoover, junto com uma cena vazada das gravações do filme. Isso atiçou minha curiosidade e, como já tinha lido outros livros da autora, resolvi dar uma chance. O resultado? Um thriller que prendeu minha atenção, me fez virar páginas desesperadamente... e me deixou com muita raiva no final.
Vamos conversar sobre essa leitura?
A tecnologia está presente em todos os aspectos da vida moderna, e os celulares se tornaram uma extensão de nós mesmos. No entanto, o uso excessivo desses dispositivos tem levantado debates sobre seus impactos na educação, nas relações interpessoais e até na saúde mental e física. Pensando nisso, a Editora Trato desenvolveu a Coleção O Uso Consciente do Celular, um conjunto de seis livros paradidáticos voltados para crianças e adolescentes, que busca incentivar a reflexão sobre o papel dos celulares na escola e no dia a dia.
Há muito tempo eu queria trazer aqui esta resenha. Noites Brancas foi meu primeiro contato com Dostoievski, lá em 2013, e continua sendo meu favorito do autor até hoje. Reli dez anos depois, desta vez na bela edição da Nanofágica (selo de livros de bolso da Antofágica), e me encantei novamente com sua narrativa. Hoje, finalmente, compartilho minhas percepções sobre essa obra.